sábado, 3 de junho de 2017

NÃO É HISTÓRIA DE PRINCESA PRESA NO CASTELO



Muito menos uma história triste e de amarguras.


Pelo contrario: sem casamentos, sem festas e sem o óbvio da sociedade.
O óbvio da sociedade é mascarar a realidade com datas indelicadas e bebida para disfarçar o senso de dor mental. Eu hein... 😊



Já me torturei demais por ser diferente das outras meninas, minha preferência por casamento é nenhuma. Quero viver para ser feliz e não acorrentada com um sorriso falso, diante de todo mundo.
Tenho amigas que já são casadas, os motivos são bem fora do contexto óbvio e racionalidade, algumas casaram para sair da casa dos pais, outras porque era o sonho e as demais para segurar o amor. É, eu tenho muitos amigos... mas quem é inteligente e tem o mínimo de senso, perceberá que não direi quantas são, ficaria bem óbvio.
Minha história não é nada demais, você vai achar estranho e me julgar.
Quando criança meus pais tinham sensibilidade a coisas do mundo como água da chuva caindo do céu, água na grama, castelo de areia na praia e jogos de pique esconde no bairro. Eu era completamente isolada de tudo e de todos, menos dos livros. Enquanto algumas crianças se esquecem do trauma, me lembro de cada detalhe.
Quando chovia todas as crianças na cidade estavam pulando em poças de lama ou se sujando na grama verde, dançando na chuva com roupa branca e brincando de pique esconde.
Meus olhares eram discretos para fora de casa, os vizinhos ainda me chamavam, mas minha mãe falava por mim ou a empregada que me cuidava. Nunca tive a possibilidade de ser uma criança normal. Os livros da minha mãe eram distribuídos entre vários, desde índios até livros amarelados sem capa, coisa que ela fazia questão de não se desfazer. Entre a janela da sala e a visão para a rua era um olho. O meu olho direito. Eu via o mundo, e parecia o mundo lá fora, dentro era cor de madeira com verniz e livro antigo, fora, muitos sorrisos. As cores não mudavam muito. Minhas roupas eram confeccionadas e poucas vezes compradas em loja. Cresci sem honras de quinze anos ou amigos me cercando. Não era solitária, sorria, andava, não ia sozinha e não voltava sozinha da escola. Tinha sempre a mesma companhia.
Isso me fez compactuar com algumas ideias literárias, filosóficas sobre a existência e o pertencer ao outro de forma doentia. Isso me assustou quando tinha dez anos.
Hoje, não penso em casamento, muito menos em uma festa muito animada, mas a infância que tivera me proporcionou um espírito tão livre que sair pelo mundo não seria péssima ideia. Entre uma infância solitária e uma ‘adultez’ livre, muitos anos me restam ainda.
A ideia de casamento é ilusória.


 Poxa, é só uma história...

quinta-feira, 1 de junho de 2017

EU RESPEITO TEU SANDUÍCHE, RESPEITA MINHA SALADA

Ou como preferir. Se não quiser, paciência dos Deuses...

Olá, tudo bem? Espero que sim



A saúde é minha, o corpo é meu e, eu como o que quiser.
 
Você acredita nisso? Eu não.
O corpo aceita o que ele quer e expulsa o que não quer. Não é bonito ser a tia que pede pra colocar mais comida no prato, por que ela diz que você está com vergonha de repetir o p.f. ou o prato principal do restaurante Parisiense que abriu agora na parte sul da cidade. Pra tudo tem limite, certo?

Os nutricionistas estão aí pra calar a boca de muita gente ou tirar dúvidas mesmo. Tem pessoas que não podem comer qualquer coisa, em específico crianças e idosos, a alimentação não é tão saudável e a praticidade aumentou a venda de congelados e enlatados; a rotina e a correria fazem com que as pessoas comam mais rápido e de fato uma alimentação não muito boa ou nem comem. Então, digo que se você respeitar minha salada eu respeito o teu sanduíche.

As pessoas tem suas vidas e fazem decisões. A obesidade prejudica não só a saúde física, mas a mental também, a questão psicológica. E não quero dizer que só as pessoas acima do peso, sofrem algum tipo de discriminação, as magras também. Então, uma pessoa magra pode querer aumentar o seu volume, a sua massa muscular por questões medicas. Tudo bem?

Não vamos generalizar o fato de que salada é uma mentira de pessoas que se dizem cuidar da saúde, quando na verdade elas simplesmente estão tentando. As pessoas falam de igualdade social, mas a desigualdade se encontra em qualquer parte, até na escolha da alimentação que você faz. Isso é meio perigoso, por que acabam te excluindo de certa forma. Qual o problema de alguém chegar em algum lugar, sair com os amigos e pedir uma salada, enquanto os outros comem digamos, uma comida que está no cardápio? As pessoas que levantam a bandeira da amizade, poderiam pensar nisso também. Então se uma pessoa do teu ciclo social, se encontra doente, com alguma doença que a limita de comer certos alimentos, você vai se afastar ou levar ela pra sair? Deixa-la a vontade pra beber uma água ou algo não tão forte...


Eu não consigo entender é minha maneira de mostrar um certo tipo de indignação. Por que se uma pessoa fala que come salada e está comendo chocolate, é julgada como hipócrita. Os próprios nutricionistas, dependendo da situação do paciente, vai autoriza-lo a comer doce em pequenas quantidades ou em algum momento da pratica da alimentação.

Eu respeito o teu sanduíche se você respeitar a minha salada, a minha água, o meu chocolate de panela. E eu digo dessa forma, por que não tem como ser amigo de uma pessoa que te olha diferente, fofoca no ouvido de outras pessoas olhando pra você, te julga de qualquer maneira. Falo isso pra quem come sanduíche ou salada, gordo ou magro.  Falo isso para eu mesma.

Obrigada por ler
Beijinhos!

DOCE

 Tu mentes como também oculta pensamentos. Estes deveriam ser meus, e compartilhados a mim que por ti estou, mas não há nada que possa fazer...

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