sexta-feira, 28 de abril de 2017

ERA COMO SE TUDO FOSSE IMPORTANTE, MENOS NÓS DOIS... ISSO ERA INCRÍVEL.





Pode acabar, eu sei. É o fim do mundo, eu sei também, na verdade tento acreditar que é para suportar, tudo o que não deveria levar, sem você comigo. Por que é fácil nos livros, é fácil em qualquer parte do mundo, teorizar um sentimento, é fácil até para mim aconselhar alguém inseguro com problemas de estima. Quando se trata de nós é tudo bem, está tudo bem, nada pode ser pior de que um estrago, uma bagunça, um atraso, uma briga qualquer.
Quando se trata de nós dois, nada e ninguém é superior o suficiente para dizer como deve guiar eu e você. Você e eu é o que acontece agora, você e eu é o suficiente para deixar de lado qualquer coisa que nos condene como um casal qualquer, como um casal inconsequente que não segue as regras. Um casal diferente demais para ser aceito.
Tinha uma estrela no dedo, era final de ano. Não estávamos em nossa cidade natal, portanto não sei descrever em detalhes a rua, o número, o endereço, porém posso garantir que foi a sensação mais intensa que senti em minha humilde vida. Não tinha ninguém, nada e nem ninguém nos olhando ou nos considerando importantes para ser a fofoca da vida. Era como se tudo fosse importante, menos nós dois, e isso era incrível. 
Conhecemos algumas pessoas no meio da praia, antes mesmo dos fogos ascenderem. E não gostávamos dessas festividades, nossa rotina era tão exemplar que fugir dela, era um pouco estranho demais para não ser seguida. Um padrão diferente do que vivíamos não tinha cogitação ou pensamento de mudança. No meio da festa toda, a bebida foi aberta, perdemos o que havíamos trago nos pés e ficamos com o nosso amor e algumas pessoas que nos acharam diferentes demais. Perguntaram se morávamos lá, se éramos estrangeiros, ou ricos demais, talvez para quem sabe dar uma festa no apartamento luxuoso. E riamos, simplesmente riamos de tudo aquilo.

A mágica era não ver o vestido branco sujo, o cabelo fora do lugar ou qualquer coisa que acontece em festas. Simplesmente riamos e bebíamos. Não conhecíamos ninguém, mas quem se importava? Todos celebraram o momento e, nós o nosso momento, único e verdadeiro. Sem fotos, sem fotografias, sem qualquer meio de lembrança concreta. Ficou combinado de contar a quem quiséssemos e, o desafio era alguém acreditar sem pensar que estávamos mentindo ou estávamos loucos. No outro dia voltamos e, desconhecemos o lugar. Nós o tornamos especial demais.
Um contador de histórias ou um escritor conta a melhor mentira da vida.
O único pensamento era o de não acabar. Não precisa decorar os quartos como se eles fossem fotografados por revistas atrás de famílias e casais exemplares, nada de piscina com intuito de fazer uma festa com corpo esbanjando sensualidade, uma casa sem ser de revista para mostrar as voltas que o mundo dá. Só queríamos manter tudo em segredo e, já estava. Não conhecíamos ninguém. Nos abraçávamos como a noite, sem momento para terminar.
Mas era só você chegar para tirar nossas mãos, nos afastar, pedir alguma comida, ligar a televisão e falar sobre política. E nos sustentávamos com aquele momento, olhávamos como se tudo tivesse válido a pena, a partir daquele momento. Aquele momento que nós nos mostramos seres humanos felizes e sem preocupação alguma com a língua alheia. E riamos. Socialmente, aparecia a vergonha, a respiração contada de um até dez, um cortar de legumes e um abraço por trás... desfeito depois de uma aparição constrangedora na cozinha.
É assim que somos, um casal que não pode fazer nada sem que não sintamos o medo de um dia acabar e escutar um “eu avisei”.
Não queria a solidão e o frio da sua alma longe de mim, por que não importa o que digam, tudo passa, até você encontrar alguém que não tampe a sua panela, não seja a laranja, metade do coração ou uma parte do seu corpo. Você percebe que se importa quando esse alguém não te tirou um segundo da realidade, simplesmente tirou os teus sonhos da cabeça e trouxe-os para a vida.
E o pé na areia, os fogos e a felicidade, foi a realidade. 


quinta-feira, 27 de abril de 2017

NÃO FUJA DA VIDA, NÃO SOMOS UM FRACASSO



Olá...

Na época da escola, faz algum tempo, existiam muitas brigas entre os meninos, eram brigas pequenas, mas um era sempre o engraçado da turma que distribuía risos, o que eles não sabiam era o fato de nem todos rirem.

Acredito que até para os profissionais da saúde mental, seja um assunto minimalista a ser tratado. A doença mental não se restringe somente a depressão, ela é um campo tão amplo que, os próprios profissionais continuam aprendendo. Quando se trata de saúde ou doença é preciso ser criterioso, cuidadoso, um especialista, e é fundamental ajuda e suporte de alguém que não vá te responder de maneira grosseira ou matando suas expectativas.
Imagem Ilustrativa
Ao crescer e, quando isso está acontecendo muitas coisas se tornam melhores sim, muitas coisas mudam.  A forma de ver o mundo e encarar os medos, mudam completamente, você se torna um herói de sua própria vida, capaz de vencer qualquer obstáculo e derrotar o inimigo ou aquele que você considera. Explicar a consciência é mexer em um nível da mente humana que muitas pessoas não gostam, por que envolve razão, pensamento, raciocínio e noção, total compreensão da vida que você vive. O que está acontecendo hoje é a perda total da consciência e, não é de hoje, é de sempre. Faz parte, assim como uma doença qualquer, tratar de assuntos mentais que dizem respeito a vida, machuca já que envolve culturas, crenças, gêneros, raças, comportamentos e uma serie de convicções em que fomos criados desde pequeninos para crescermos com uma percepção completamente diferente daquela que aprendemos. É louvável que qualquer pessoa fique doente, qualquer doença, o corpo está aí. O que não gostamos de ver é a realidade.
Machuca, dói, é mais pesado que um piano e mais silencioso que o sono. O sono é um estágio, muitas pessoas, nós sofremos com a ausência dele por termos obrigações que precisam ser comprimidas. Nem adiadas e nem prolongadas, exatamente, agora.
A Depressão é o assunto mais popular que se fala e o que foi criado em cima disso, pode não ser exatamente. Uma pessoa triste pode não ser depressiva, enquanto uma pessoa eufórica não é feliz. Há dois pilares bem finos, que separam nossa consciência e sensatez da total inconsciência para o mundo sombrio e solitário.
Sim, nós criamos dentro de nós um mostro, mas algumas pessoas ajudam a torna-lo cada vez maior.
Sabe qual a consequência disso? O silêncio, o sofrimento, a angustia, o não saber o que está acontecendo, “o que eu fiz?”
É um lugar vazio, escuro e é preciso encontrar uma mão que abra a porta e te puxe, ou você mesmo fazer isso.
Não fuja da vida, você não é um fracasso.

Obrigada por ler

quarta-feira, 26 de abril de 2017

CONSEQUÊNCIA DA GUERRA FRIA




Ela não parece feliz, não dispunha de um sorriso até mesmo para o Senhor Oswaldo. Quando e como errei nesta menina? Já é uma mulher e, me castiga da pior forma possível. Oh, céus! Que Deus e os Deuses se unam para tirar deste dia, um jardim perfumado de jasmim para contaminar o coração de minha filha e, curar qualquer odor que esteja lhe deixando desconfortável.  
 - O Noivo! O Noivo!

- O Noivo? Murmurou ao vento. Minha filha, veja ela. Oh! Vejo-a minha linda princesa em seu melhor dia, desfrutando da árvore mais amarga suja que possa existir.

- O Noivo! Não comuniquem ao Noivo!

- Querida, você está linda. Me orgulha tanto.
- Mamãe, as convidadas estão desfrutando deste dia.
- Minha filha, pare com tanta insolência. Estão todos confirmados, os convidados estão ansiosos para...

Senhora, precisamos de ajuda para organização de algumas mesas.

- Oh, céus! Minha menina, volto logo.

Sorriu como se suplicasse ao tempo a demora de sua mãe. O lugar era lindo, o vento era frio, abraçava a pele. Estava sentada em um banco de madeira, apoiando as almofadas entre suas pernas. Levantou-se com seu lençol e foi em direção ao lago, perto de onde estava. O dono do lugar não conservara bem, mas era o suficiente para deixar o lugar ideal, perfeito para um cenário de grandes mudanças. Encontrou uma poltrona imperial, um livro e um agasalhou-se olhando pela janela, alguns pássaros voando. 
Imagem Ilustrativa

- Ansiosa?
- O noivo não pode ver a noiva.
- Não estou te vendo, estou conversando com você.
- Sim, estou ansiosa, mas você vai adivinhar. Abriu um sorriso
- Pressão. Esse tipo de coisa sempre te faz baixar a pressão. Tenho certeza que está agasalhada em uma cadeira imperial, olhando pela janela alguns pássaros voando.
- Ei... Sorriso de preocupação
- Calma. Sou o noivo, esqueceu? Já olhei isso tudo. Convenhamos amor...
- Convenhamos o quê?
- Que está tudo perfeito...
- Eu sei que não é o seu estilo, mas sinto-me em algum lugar do passado
- Esse não é o objetivo? Gostei também, mas noivo que é noivo tem que estressar ainda mais a noiva.
- hahaha! Muito engraçado.
- Nos vemos
- Nos vemos

Esse é o modo mais atual de comunicação. A noiva não pode ver o noivo, mas ninguém falou que não podiam se falar. Quanto tempo falta para todo mundo saber que sim, há amor? Não importa como ele foi descoberto, diferente das cartas, hoje se enviam até fotos, antes nem isso.  Não entendo essa implicância. As cartas demoravam mais e eram perigosas também.

DOCE

 Tu mentes como também oculta pensamentos. Estes deveriam ser meus, e compartilhados a mim que por ti estou, mas não há nada que possa fazer...

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