terça-feira, 19 de julho de 2022

GOSTAMOS UM DO OUTRO OU DA MEMÓRIA QUE OS OUTROS TEM DE NÓS?

 

Imagem Ilustrativa - Pexels

Impossível seguir em frente se nossos amigos e conhecidos gostam de nós dois juntos. Lembro de nossas brigas de como feríamos um ao outro sem qualquer tipo de remorso. Não quero mais usar nós dois como ferramenta para uma história que não existe mais. E por mais que eu tente seguir em frente, alguém sempre me questiona em um café qualquer da rua, onde está você, por onde anda, porque estou sozinha. É impossível seguir em frente se as outras pessoas gostam do que fomos um dia, um tempo, e não mais o que somos hoje. Não somos mais o que éramos juntos, e por mais que andemos pela mesma praça e pelo mesmos brinquedos do parque, já não seremos as mesmas pessoas como nos conhecemos. Se tivéssemos um pouco mais de maturidade e se nosso ego não fosse o dono de nossas decisões naquela época, inclusive as emocionais, possivelmente estaríamos juntos. E mesmo com a probabilidade, ainda sim acredito que se estamos separados é porque devemos estar. Não é uma ira do destino ou um fracasso do cupido. Existe idade para o amor. O amor para funcionar precisa de maturidade. Não há sofrimento no amor, no amor romântico entre homem e mulher. As eventualidades, são apenas eventualidades como: uma conta de luz atrasada, falta de água, pneu vazio, preço alto da gasolina e adversidades do dia-a-dia, da saúde. Mesmo juntos, mesmo não nos faltando nada, mesmo superando as eventualidades, a dor que causa danos a um relacionamento, é incapaz de sobreviver ao desrespeito, a incompreensão, a falta de companheirismo, a ausência de maturidade... Então o mesmo se transforma eternamente em uma paixão platônica. Sim, o primeiro amor se não bem conservado, se transforma em um amor nunca consolidado, nunca terminado, porque nunca se chegou ao respeito, a de fato ter abertura para nos conhecermos profundamente, a uma conversa franca e um perdão eterno... Digo que não é tarde, é possível futuramente que nos encontremos, mas não quero encontrar o passado depois de ter avançando nas experiências da minha vida.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

 Mais um ano, e como sempre muitas promessas que não se concluíram são passadas para o próximo ano. É difícil iniciar um ano quando nem ao menos, finalizamos os desejos e metas de anos antigos. É um acúmulo, uma loucura metaforada em cores. Branco, rosa, vermelho, amarelo. É, um pouco de superstição, crendice e até o mais cético se rende ao popular mito das cores. Pode ser que seja pra mesclar que somos incapazes de conseguir o nosso, por nós... Talvez sejamos capazes de conseguir tudo que desejamos, talvez não seja para nós, talvez realmente e infelizmente nos proíbam de crescer.

O ano não se fecha se metas antigas nem sequer foram finalizadas. Essa esperança de tudo novo ao iniciar um novo ano, pode estar mais relacionado com algum tipo de orgulho que a crendice, crendice de fato, sabe? Mas por mim não tem problema, mas posso dizer para você que digitei isso em minutos e que não passarei de branco, nem ao menos com uma mesa farta, muito menos na minha melhor versão física. Estarei com José, meu filho, a melhor coisa que já me aconteceu, durante todos esses anos viva.


Feliz Ano Novo!

domingo, 7 de novembro de 2021

FINITUDE

 A gente passa tanto tempo com o conceito de fazer o nosso que esquece da finitude da vida. Isso não justifica que o medo de não estar mais presente, nos paralise de conquistar o nosso, que justifique nossa ausência de lutar por nossas coisas materiais, por amparo social e status hierarquizado. É que me dói, me deixa triste, saber que muitos que correm e estão mais na frente, esquecem que podem passar por uma lombada a qualquer momento e quando se deparam com o tombo, discursam sobre a fragilidade da origem e a importância do hoje. O conceito de vitória é muito deturpado também, de um lado, faz com que nos sintamos inúteis diante do tempo que estamos usando, no caso, perdendo e do outro, nos mostra que o tempo tem de sobra, mesmo com o ditado de que “tempo é dinheiro”. É uma corrida insana contra o relógio em busca de algo que até mesmo nós não sabemos, quando ficamos frente a frente com situações sem controle. É uma competição que implica outras pessoas mas que mais diz respeito sobre nossas vontades ou vaidades de que realmente a chegada. Já considerei muito falar de pobreza e estar romantizando, gravidez, assim como outros assuntos que causam má digestão. Não digo que me arrependo, mas há pautas que não merecem estar abertas virtualmente. Poupa energia e sanidade mental.

A gente passa tanto tempo se dedicando em construir nosso castelo e, manter no bom conforto quem amamos que esquecemos de lembrar que precisamos amar, antes de mesmo de um boa noite. Passamos tanto tempo considerando amar a nós mesmos que esquecemos de amar ao próximo. Passamos tanto tempo julgando frases como esta que leu anteriormente, que esquecemos de buscar o real sentido. Não é sobre ser bom e ter uma bondade divina, é sobre sentir quando a finitude acaba. Não, eu não sou o tipo de pessoa que diz que ama todo dia, até me acham fria. Também não fico ofendida com os comentários. Fazem parte da vida.

A gente passa tanto tempo considerando que nunca iremos embora, que quando vamos, o chão se abre. Não é sobre achar ou não achar frases clichês, sinônimo de mentira, imaginação etc... é sobre desconsiderar não somente nossa fragilidade, mais algumas verdades que estão em nossa cara, mas que cegos pela arrogância e prepotência, ficamos convictos que estamos certos.

DOCE

 Tu mentes como também oculta pensamentos. Estes deveriam ser meus, e compartilhados a mim que por ti estou, mas não há nada que possa fazer...

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