sexta-feira, 5 de maio de 2017

UMA AMIZADE TRADUZIDA EM “NÃO VOU SEM VOCÊ”



Meus Caros, talvez saia caro, o preço de se apegar a uma história de amor tão comum e clichê, afinal não é de hoje que os romances existem e as histórias baseadas em autores, se encontrem. Não quero fazer charme, muito menos drama, mas aviso: Cuidado com esses dois. Você pode gostar e querer que nunca termine, como pode detestar e desejar nunca ter lido. 

Boa Leitura 

 



Ágata é normal como todas as garotas de sua idade, aquelas que não querem muito saber de festas ou badalação. É mais na dela, contida, mas não renega amizades que não dispensam bebidas e diversão. Ela não criou em seu mundo uma bolha onde escolhe quem vai entrar, simplesmente respeitando a sua personalidade e o seu jeito, vive sem dar grandes considerações para algumas regras. É o último ano, é o terceirão e, está muito feliz, por que além de estar sentindo-se segura para enfrentar o vestibular, sente que irá passar e entrar na universidade. Esse é o seu objetivo, passar na faculdade, o curso é outra coisa que ainda está pensando. Ela gosta mesmo é do momento atual, do agora e, no momento, os amigos estão planejando uma festa de começo para se despedir dos conjuntos, das frações e da regra de três.
Murilo O é o seu melhor amigo desde sempre. A amizade floresceu mais nos últimos dois anos quando o amigo dele, o Roberto, estava afim dela e, queria sair para conversar e conhece-la mais. Uma menina completamente flexível, se encaixando em todos os grupos não é fácil de se encontrar, questionável já que todos, estavam eufóricos e querendo fazer amizades com quem nunca haviam falado.



 - Otavio, compra chocolate pra mim?
 - Já disse pra você. Á-G-A-T-A, é Murilo

- De mu?
- Não! De Ata
- Ata documento ou de que você vai comprar o chocolate?

Murilo é um cara prestativo, se comparado aos amigos dele. As meninas gostam de seu jeito, mas depois de um tempo perdeu a necessidade de se manter em algo. Conheceu a academia depois que seu primo mais antenado, mostrou alguns suplementos de proteína.

- Ah cara, não sei. Isso dá resultado?
- Meu irmão, vai na fé. A gente vai junto pegar no pesado e, você vai ficar outra pessoa, vai por mim. Só bebe muita água cara.
- Tá beleza. Tu vai hoje?
- Hoje não né meu, eu já fui. Po! Se suplementa aí, tá parecendo uma cobra desnutrida. Amanhã a gente vai, vai ser bacana, vai ser legal.
- Falow então cara. Valeu aí parça.
- Que isso. Tamo junto.


Falei que iria sair bem caro o preço dessa história, você vai querer saber tudo ou nada e, vai querer saber a ordem cronológica, o tempo e os detalhes.

- Você trouxe o chocolate? Demorou muito
- Acabei encontrando meu primo e ele me orientou em algumas coisas
- Sobre?
- Musculação
- Sério? Legal.
- Eu tô bem animada pra essa festa que estão fazendo. Deita aqui. Já viu o grupo? Sentado na cama, abriu a caixa de chocolate e jogou um bombom.
- Ágata, a gente tá aqui sem fazer nada. Vamos sair?
- Vamos sim, tenho que tomar banho e me trocar. Você sabe...
- é, eu sei como você funciona. Vou em casa e passo aqui.


Murilo chegou em casa e tomou a suplementação, achou estranho já que seu coração estava acelerado. Acreditou que deveria ser os efeitos do que estava tomando e, foi tomar banho e se vestir. Já quase pronto, sentou na cama e viu antigas fotos e nelas havia uma pessoa. Seu coração começou a disparar mais forte, mas se levantou e se vestiu para sair.
Ao chegar na casa de Ágata, a primeira coisa que faz é avisar que há inquilinos e ouvir um “você é de casa”. Bate na porta do quarto e pergunta se está pronta e, volta para a sala ou para varanda ou cozinha quando a resposta é não. Bebe alguma coisa, olha as mídias e tenta apressar ela.

- Ágata?
- Já vai, juro. Só mais um minuto.


Nunca vi ela tão linda. Parecia diferente, seu jeito era diferente, estava tudo diferente. Eu não sabia o que fazer, eu só pensava que tudo sempre foi com ela e iria acabar. Meu coração acelerava de pensar que poderia perde-la. Eu, eu, nunca reparei em um vestido. Me percebi na varanda escutando LS Jack. O que está acontecendo? Ela está fazendo as mesmas coisas, correndo, pegando a bolsa, me pedindo alguns minutos, bebendo água. Por que ela está tão bonita? Por que “Talvez” seria nossa canção de amor? Por que eu tô pensando que se eu não fizer alguma coisa e tomar alguma atitude, “Quando eu disser Adeus” será o final? Ágata, o que você está fazendo comigo?

- Tô pronta.
- Tá bom, bom... Vamos. Consegui o carro do meu pai.
- Será que vamos encontrar alguém lá?
- Não! Quer dizer... pode ser. Eu só queria estar com você
- Besta.

E o seu toque no meu rosto foi tão macio que o medo aumentou de ela não perceber nada.

- Esse parque não parece ser nada seguro
- É!
- Vamos na roda gigante Murilo. Não vou sem você.
- Minha resposta nunca será não.

Depois disso, uma semana bastava para Murilo ter certeza que Ágata nunca, jamais, em hipótese alguma, poderia sair de sua vida. Depois de tudo, depois de todos os “eu só vou se você for”, a festa do terceirão definiria tudo.

Ela continuava linda, a gente brincava por nada, seu sorriso era encantador e tudo o que eu queria era ouvir um “diz pra mim que você também andou pensando em nós.” Eu só pensava em como não vi isso nela antes... E quando deixei ela em casa, eu só conseguia pensar em “vou apagar de vez cada passo teu”. Ágata, o que você está fazendo comigo?

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DOCE

 Tu mentes como também oculta pensamentos. Estes deveriam ser meus, e compartilhados a mim que por ti estou, mas não há nada que possa fazer...

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