segunda-feira, 28 de agosto de 2017

PESSOAS INSUPORTÁVEIS




Quem gosta de pessoas insuportáveis? Nossa! Se colocar isso em porcentagens, jesus!
Será?

Olá, espero que esteja bem...
O medo de se parecer com alguém que odiamos.
A odisseia de sermos aclamados por nós mesmos, amantes do “agrado todo mundo”.
            Quase impossível agradarmos a todo mundo, a não ser um criança que já fala, anda e está entendendo o mundo. É impossível agradarmos todo mundo.
Porque queremos muito isso hein? Agradar a todos?

Uma criança quando deixa de ser bebê, se ausenta das fraudas, mamadeira e do colo da mãe, parece abrir os olhos definitivamente para o mundo que ela está, então, tudo é muito novo, encantador. Imagina aquele bebê que dorme e abre os olhos com dificuldades, ter que processar coisas que ele nunca viu ou imaginou na barriga da mamãe.
É mágico descobrir os próprios sentimentos e emoções em situações inesperadas, é bom sentir-se vivo e a criança tem isso, por que não podia enxergar.
Qualquer coisa é significante e mágico, principalmente quando se está no mesmo nível mental dela. Explicar, ensinar, compartilhar é preciso ser algo didático até certa idade, depois o nível de realidade vai aumentando.
Pois bem! É fácil ganhar uma criança, conquista-la. Ela não viu quase nada da vida.
O Adulto está a base de cafeína desde os primórdios da primeira decepção, qual deixou ele de cama e triste. Isto ainda na adolescência.
Na “adultez”, é se preocupar com muitas coisas, além do básico que é tentar ser o melhor ou mediano na sociedade, no emprego e provar com unhas, garras e dentes isso.
A tristeza não é mais a mesma de quando se tinha 15 anos.
Com quinze anos era difícil compartilhar chocolate ou algo gostoso para o irmão ou irmã. Hoje, se pudéssemos, daríamos tanta coisa.
A tristeza de 15 anos era o não que recebíamos da mãe para não sairmos de casa, hoje, o não é de todo mundo: de bancos, supermercados, do trem lotado, cidade sem trem, do frio, calor, a tristeza de si mesmo... a esperteza de culparmos o mundo por tudo de errado que acontece em nossas vidas.
Ai! Ai quem ousar dizer ou culpar o mundo e as pessoas, já que “você é suficientemente grande e responsável para cuidar de suas coisas, já não é mais uma criança.”

 
É aí, que mora o perigo. Chegada a velhice, nos tornamos crianças mais uma vez, com sensações especificas de cada um, de pessoa pra pessoa.
Talvez aí, possa entrar o “só sei que nada sei, sem contexto”. O seu contexto original fica pra trás e é substituído pela ilusão do óbvio. Daquilo que seus pais sempre diziam. Então crescemos, nos tornamos adultos e percebemos que já sabíamos o que é ser uma pessoa desprezível e ser tratado como um ser humano sem valor.
A raiva dos pais se torna certeza de que eles estavam certos. O mundo era mais legal quando abri os olhos pela primeira vez.
As emoções vão ficando meio escassas. Tabula rasa! Voltamos aos primórdios da infância e não entendemos definitivamente nada do mundo que conhecemos antes, onde andar de bicicleta e cair na piscina, eram as melhores coisas do mundo.
Você cresce e se preocupa, se torna um paranoico, tem que cumprir todas as leis, ver leis sendo massacradas por superiores, se sente impotente e herói ao mesmo tempo.
            Crescemos e nos damos conta que a perspectiva de nossos olhos e mentes são programados.
Uns mais lentos, outros mais rápidos. Nasce a sensação de já ter aproveitado tudo, sem ter feito nada.
Nós apenas nos tornamos o reflexo, espelho daquilo que sempre odiamos. Não importa os argumentos, parece que o cérebro programa seu time para entender de fato, a realidade que conhecíamos apenas nos livros.

Obrigada por ler
Beijinhos! 


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DOCE

 Tu mentes como também oculta pensamentos. Estes deveriam ser meus, e compartilhados a mim que por ti estou, mas não há nada que possa fazer...

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