Olá, espero que esteja bem...
Quando há descoberta, a informação passa por olhares; pelo cético e, pelo olhar romântico. Com o empoderamento feminino não seria diferente. Baixei dois estudos: uma dissertação sobre violência feminina e uma tese voltada para a violência da mulher e a relação com os filhos. Ainda não li.
Engraçado pensar que toda essa manifestação de liberdade e igualdade não passa meramente de uma ilusão. Sou mulher, e não importa e não vai importar o que eu faça: sou mulher e vou desagradar. Essa não é a intenção, mas...
Não consigo enxergar libertação feminina. Houve avanço, o que eu chamaria de alarme ou consciência ativa sobre nossos poucos direitos. Nós seremos julgadas de qualquer forma, mas vou dizer por que é difícil abraçar essa liberdade.
Há meninas que podem sair de casa, morarem sozinhas e até certa idade depender dos pais até encontrarem um emprego que sustente a vida que querem levar. Mesmo nessa condição, é mais uma questão de privilégio. Eu não consigo enxergar mas posso tentar uma liberdade que não tenha machucado familiares e envolvidos, não suficientemente, a própria mulher ou menina. É justificar “porque eu quero ser livre e não depender de homem de mais ninguém”. Romântico.
Ainda somos estereotipadas e não consigo sentir algo fabuloso, ainda somos sexo frágil e não consigo enxergar diferente, mas não porque eu não acredito, e sim, por que a realidade mostra isso. O empoderamento é um termo restrito. O que é empoderamento para algumas mulheres, é irresponsabilidade para outras. Encarar esse julgamento é uma explosão. Que julgamento? Gravidez, álcool, drogas, idade, relacionamento, etc. É imaginar uma menina que foi educada da melhor maneira pelos pais numa condição razoável no Brasil, estuda não sabe porque em momentos de frustração, mas continua, e do nada, decide morar sozinha e tomar as próprias decisões. É a velha situação: “Aluguei meu ap. Alguém pode pegar a geladeira e colocar no lugar, por favor?”
É o cair a fixa. Mesmo você lendo esse texto, olhando o meu Blog, e pensando “tanto faz para isso”. Para o assunto ou por que sou mulher? Há o mito de que brasileiro odeia ler. Mistura as duas coisas: mulher e texto. O ódio e a repulsa é unânime.
“É melhor ficar calada, às vezes, penso, ninguém se importa mesmo.” Eu estou fazendo pela minha pessoa ou por outras pessoas? Daí eu continuo. Ninguém se importa mesmo.
Obrigada por ler
Beijinhos!
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