quarta-feira, 19 de abril de 2017

TAMBOR E FLAUTA



Imagem Ilustrativa
Eram barulhos estranhos no meio do centro. Não assustavam-na, deixava cada vez mais curiosa a entender as batidas de um som intrigante. E bem que ela foi, seguiu como se a música guiasse por todo o caminho. E foi sem qualquer medo ou insegurança. E era bem estranho ver uma luz tão radiante que minimizavam os olhos e tão bonita que forçava a abri-los para não perder o espetáculo. E depois de muito forçar não sabia mais onde estava, sabia que estava no melhor lugar que poderia imaginar. As batidas eram mais fortes e intensas, o coração seguia o ritmo dos pés. E não havia medo e, não havia nada. E ela já fazia parte daquilo tudo, daquela maravilha, não podia mais fugir da realidade que a cercava, era sem volta. Era a beleza real, era o sonho mais lindo, era a força mais viva, era tudo que ela sempre sonhou. Batidas do coração, guerreira, o mundo dela. Um cavalo branco se fez diante de seus olhos, seu vestido havia mudado e tudo era diferente. O cavalo a chamava pelo olhar e ao alisar e sentir seu cheiro, como instinto montou em cima e guiou-se floresta adentro. O som não estava mais fora, dentro dela ecoava mais forte um mistério que faria de sua vida, tempos de descobertas. Era um unicórnio sem chifres, era ela, não era real. Era carinho, era força ao correr pelo campo aberto, sentindo a liberdade de serem apenas um.

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